Matrix, Avatar, Os Substitutos, 13o Andar
Algum destes filmes já te deu o que pensar?
Talvez você esteja familiarizado com o conceito Veda de Maya (ilusão) e talvez também esteja tomando contato com o domínio emergente da Realidade Virtual (como vemos tanto na indústria dos Jogos Eletrônicos nestes dias). Ou você pode talvez ter ficado paralisado com os conceitos explorados na trilogia de filmes Matrix? Talvez você tenha experimentado um sentido de déjà vu e ficou imaginando como relacionar estes “conceitos” a sua “existência”?
Deixe-me começar apresentando uma visão alternativa para que você veja a si mesmo como um com toda a criação (da qual a Realidade Física Material ou PMR em inglês, é apenas uma pequena “lasca” virtual). Você é “Um com O UNO/Único” – Um subconjunto único do todo, mas ao mesmo tempo, uma porção que é bem integrada com o todo (onde o todo é o Sistema Mais Amplo de Consciência ou LCS (Larger Consciousness System). Em termos ciência da informação, você é um subconjunto particionado de memória dinâmica alocada e recursos computacionais compartilhados usados para angariar experiência e exercitar a intenção enquanto engajado em “simulador de treinamento de realidade virtual (VR)” multijogadores visando redução de entropia.
Diferenciar o eu/self do outro é mais como diferenciar seu sistema digestivo do seu sistema circulatório – ambos são partes integralmente interdependentes de um ser – não duas coisas separadas, cada uma com sua existência independente. É uma questão de ponto de vista – de como você pensa sobre algo. É o contexto que muda, não os fatos.
O LCS se auto-projeta (auto-desenha) para otimizar a redução da sua entropia – isto é, para facilitar sua própria evolução. Você obtém toda a ajuda que possa lucrativamente usar, para evoluir a qualidade da sua consciência porque é da natureza do sistema suportar a necessidade evolucionaria de suas partes. Da sua perspectiva na PMR (Realidade Física Material) você é levado a categorizar e definir esta ajuda como vindo de “entidades especificas independentes – guias, Eu Superior, Eu Maior, Eu lá, super-alma, superego, e muitas outras categorizações similares, porque como um residente da PMR, você só pode relacionar sua interação com “outro” à entidades específicas independentes que são/estão fora de você (não são você).
Você não pode pensar em termos de ser um com O UNO – integralmente interconectado – um subconjunto virtual apenas por definição, por partição, por função e intenção. Quando você tenta descrever os detalhes de sua interação com o Sistema Mais Amplo de Consciência, enquanto limitando a sua conceituação daquela interação às formas físicas (usando a linguagem da PMR), seu modelo de conexão com o todo será sempre em termos de você como um indivíduo separado, interagindo com outra entidades separadas.
Dentro de nossas mentes, nós damos a cada uma de nossas metáforas e símbolos separados de nossa estrutura “lógica” imaginada do todo, uma existência factual independente, criamos nomes (percepção PMR, percepção da Realidade Não Física Material “NMPR”, Eu Superior, Eu Maior, super-alma, anjo, ancestral, guia, espirito ou Deus), e então tentamos trabalhar com as relações entre todas estas entidades individualizadas e deduzir o organograma hierárquico apropriado que explique tudo isso.
Sem dúvida, levamos a nós mesmos à uma confusão retorcida, no processo de tentar ser mais e mais específicos em como descrever o sistema mais amplo de consciência, em termos destes conceitos PMR altamente limitados e que são inerentemente incapazes de descrever acuradamente o LCS (Sistema Mais Amplo de Consciência).
Nós inevitavelmente geramos problemas lógicos e inconsistências nos detalhes de nosso mapeamento hierárquico das responsabilidades e papéis individuais. Não parecemos hábeis para fazer isso direito, quando tentamos ser muito específicos por causa de nossa conceituação, que requer que tudo esteja em sua própria “casinha de pombo” (sua caixinha ou classificação).
Temos esta necessidade premente de saber, “E como ficamos nós? A mente de nosso AVATAR, alma ou personalidade (nossa identidade pessoal nesta realidade “PMR”) sobrevive intacta”? Por causa de nosso MEDO e EGO, colocamos nossa percepção local “PMR” no verdadeiro “centro” mais fundamental de nossa existência.
Vemos a nós mesmos apenas como esta percepção individual particular separada nesta realidade (PMR), muito mais do que como uma parte de algo maior e grandioso. E nos preocupamos de perder esta separação individual ser morrermos de forma absoluta – um evento que tornaria nossa vida atual na PMR (esta realidade) sem nenhum valor ou significância.
Aquela separatividade individual à qual você chama de “você” na verdade não existe (nunca existiu) como um ser separado independente fundamental. Ela existe apenas como um personagem virtual cujos pensamentos , intenções e escolhas são feitas por um subconjunto individualizado temporário de consciência (denominado “Unidade de Percepção e Livre Arbítrio” – FWAU do inglês) “jogando” em um simulador evolucionário (de redução de entropia) específico.
Contudo, cada pensamento, sentimento, ação e intenção daquele “personagem” virtual (você) é salvo (vive para sempre) na base de dados históricos. E cada pequena redução na entropia ganho por este personagem é um prêmio muito significativo para o ser virtual individuado, o processo interativo que criou esta oportunidade, e para todo o sistema – um sucesso crítico digno de ser lembrado e emulado.
Tente ver este LCS ou Sistema Mais Amplo de Consciência como um único sistema interativo, não uma coleção de partes individuais separadas.
Em sua maior parte, este é o tema de desenvolver uma Visão Mais Ampla (Bigger Picture), uma perspectiva maior. Os “fatos” de sua perspectiva individual permanecem os mesmos mas agora são reinterpretados (recontextualizados) sob a luz de uma visão mais ampla.
Se esta discussão arrastou você para áreas que ainda não se sente preparado para ir vantajosamente, esqueça isto, abandone as ideias e trabalhe dentro de modelos com os quais se sinta confortável.
Aprender é um processo interativo e abraçar modelos de existência que tragam desconforto e confusão não está no caminho exitoso de evolução da consciência para ninguém.
Você precisa explorar seu caminho na direção da completude, indo a um passo de cada vez, absorvendo e integrando nova compreensão em seu “ser” (como oposto a apenas seu intelecto) que melhore a qualidade de sua vida diária.
Em um nível metafórico mais alto, os conceitos de um Eu Maior, super-alma, etc., são muito úteis e de ajuda – eles geram uma expressão “física” (modelo de processo em termos da linguagem e conceitos “desta realidade” – PMR) que explicam como somos completamente conectados/integrados ao todo em uma forma que a percepção (consciência) “restrita” na “PMR” pode entender.
Integração é na verdade muito mais simples – não tem de existir mecanismos intermediários entre nós e o sistema mais amplo – já estamos completamente integrados com aquele sistema. Nós apenas não conseguimos ver nossos eus (selfs) de qualquer outra forma que não seja separada – nós versus eles – se não formos nós da “pequena visão” (little picture), então devem ser “eles” ou qualquer outro.
Nós somos unidades individuadas (particionadas) de consciência, e somos/estamos mais interconectados ao sistema mais amplo do que pensamos.
Procure pelos próximos blogs, à medida que formos mergulhando mais profundamente no que o LCS é e como os conceitos da “My Big TOE”, a trilogia de livros pode ajudar você a decifrar suas próprias verdades. É a tarefa desta trilogia prover uma fundação conceitual direta sobre a qual você poderá, clara e completamente, construir o contexto de sua existência pessoal a partir de sua própria experiência, evoluir sua consciência, e mais fundamentalmente compreender seu mundo, sua ciência, seu propósito e a você mesmo, em uma forma geral, lógica e científica, que explique de forma abrangente, todos os seus dados pessoais e profissionais que coletou durante toda uma vida.
Fique ligado!
Tom Campbell – autor de My Big TOE – Minha Grande Teoria de Tudo – (Tradução – Mario Jorge)